ANA
BELA
Ana Bela era
mulher peituda, morena e tinha um andar que deixava os homens de boca aberta.
Com seu vestido bem acima dos joelhos, ele subia e descia quando ela andava,
devia ser devido o tamanho de suas nádegas.
Com seus vinte
e oito anos, ela era tida como solteirona, mas na realidade ela não gostava de
se envolver com os homens. Dizia que queria casar com homem rico, pois casar
com pobre era pedir esmola para dois.
Outro dia
passou em frente a um prédio em construção e foi uma festa para os peões da
obra. Ela rebolava com sua pequena saia, chegando a parar o trânsito. Ela ia
faceira e ainda balançava a cabeça, a fim de movimentar seus fartos cabelos
negros.
Na verdade,
Ana Bela morava na comunidade fazia pouco tempo, tinha vindo de outras terras,
mas nunca dizia de onde. Era misteriosa
e sabia que as fofoqueiras de plantão buscavam informações da sua origem, mas
como não devia nada a ninguém, nem dava trela para as implicâncias.
Beto Bigode,
um moreno alto, bonito e sensual, queria ser a solução dos problemas de Ana
Bela. Entretanto, ele não trabalhava. Dizia que era promotor de bailes, mas
desconfiava-se que ele fazia entrega no disk drogas. “Assim não dá”, descartava
a morena.
Beto não
desistia, sempre que podia vinha com uma investida contra Ana. Outro dia tinha
um baile na comunidade e a Bela foi convencida pela vizinha a dar uma
passadinha por lá. Estava bombando a festa, muita cerveja, drogas e pegação.
No começo Ana
ficou tímida, mas foi se envolvendo com o clima e em pouco tempo já estava
dançando e tomando tudo que lhe era oferecido. Só que tinha um problema: A Bela
era sensível à bebida, ou seja, ficava doidona fácil. Não deu outra, Beto
Bigode aproveitou a insanidade momentânea da jovem e a arrastou para o seu
cafofo. Ela ria, falava um monte de besteira e se dava por inteiro ao momento.
Beto estava
sóbrio, se uma coisa que ele não fazia era usar drogas, inclusive bebidas. Seu
negócio eram mulheres. Foi beijando a morena, dando uns amassos, pois com todo
aquele peito, era impossível não tocá-lo. Abriu a porta do barraco, jogou a
Bela na cama e partiu para o gol. Estava escuro, pois tinham cortado a luz da
casa, e ele superexcitado, tirou o vestido da gata, rasgou a sua calcinha e
meteu a mão no tesouro que tanto buscava.
De repente
parou. Sua mão encontrou algo volumoso e grande. Deu um grito:
- Meu Deus! O
que é isso? É maior do que o meu.
Beto agora se
encontrava numa situação inesperada, mas como não era homem de perder viagem,
deixou rolar a festa. Fez gol e mandou o adversário para o vestiário.
Francisco de Assis D. Maél
Médico & Escritor
E mail: franciscomael@yahoo.com.br
Outras obras do autor:
Compra-se vida –
Ficção religiosa
Fragmentos de uma
vida – Autobiografia
Áxis a síndrome
sagrada – Ficção Científica
Missionários da saúde
em ação – Orientação à saúde
MANA-YAM e a árvore
de amigos - Infantil
Historinhas que
ninguém lê - Contos
O dia da minha morte
– Romance
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Senhor X – Romance
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