É quando a mulher fica, em condições normais, sem menstruar por
pelo menos 1 ano, ou seja é a última menstruação.
Geralmente a menopausa ocorre por volta dos 50 anos de idade.
Considera-se precoce quando ocorre ante dos 40 anos e tardia após os
55 anos.
Existe uma grande confusão entre menopausa e climatério, por isso
vamos definir melhor:
Climatério é a fase de transição entre o período reprodutivo e o
não reprodutivo da mulher, ou seja, quando ocorre o declínio da
função ovariana até a adaptação do organismo à falta dos
hormônios. Climatério começa antes da menopausa e vai até por
volta de 65 anos de idade.
A maioria das pessoas usam o termo “menopausa” no lugar de
“climatério”, porém menopausa é a última menstruação e só
se vai saber disso após ter se passado 1 ano sem menstruar.
Podem ocorrer também menopausa por outros motivos não fisiológicos.
Pode ocorrer a retirada do útero por algum motivo e logicamente a
mulher não vai mais menstruar, chamamos a isso de menopausa
cirúrgica. Outra situação é a menopausa clínica, que é aquela
ocasionada por medicação devido algum outro tratamento.
Muitas das vezes a mulher no climatério pode não sentir
absolutamente nada, ou seja, ser assintomática, porém os principais
sinais e sintomas são:
- Ciclo menstrual irregular, ou seja, alteração no tempo em que
menstrua, ficar alguns meses sem menstruar, podendo ocorrer também
mais de uma vez no mês;
- Fogachos de intensidades variadas, quer dizer, calor do peito para
a cabeça com duração de poucos minutos;
- Sudorese;
- Palpitações;
- Mudanças de humor, podendo ficar depressiva e nervosa;
- Insônia;
- Atrofia do trato urinário, quer dizer, alterações na região
genital;
- Diminuição das mamas;
- Perda dos pelos pubianos;
- Perda da libido;
- Fadiga;
- Dificuldade na concentração;
- Atrofia cutânea, ou seja, rugas;
- Lanugem facial, quer dizer aparecimento de pelos no rosto;
- Dores articulares e osteoporose;
- Aumento do peso corporal.
Geralmente estes sinais e sintomas não necessitam de nenhum
tratamento, a não ser que sejam exacerbados, aí sim requerem um
tratamento medicamentoso.
Dependendo da queixa da paciente, o tratamento pode ser oral,
injetável ou vaginal, sempre sob orientação médica.
Quando ocorre uma queixa apenas de dificuldade na relação sexual,
com dor à penetração, sugere-se um tratamento com creme vaginal
apropriado. Se a queixa é generalizada, o tratamento pode ser oral
ou através de injeções.
Vale ressaltar que a reposição hormonal tem as suas indicações e
também a suas contraindicações, como neoplasias malignas
estrogênio dependentes, sangramento uterino anormal inexplicado,
história pregressa de tromboflebite e hepatopatia aguda.
Para que se possa fazer uma reposição hormonal com tranquilidade,
há necessidade de se fazer alguns exames antes: Uma mamografia, um
ultrassom pélvico e um exame preventivo ginecológico. Estes exames
devem ser repetidos anualmente, principalmente se mantiver a
reposição hormonal.
Devido à perda de libido e do desconforto na relação sexual
provocados pelo climatério, muitas mulheres passam a evitar seus
parceiros. Vejo em minhas consultas com atendimento em medicina da
família, que muitos casais com dezenas de anos de casados, acabam se
separando por esse motivo. Oriento à mulheres que se apresentarem as
queixas relativas a sexualidade, busquem tratamento imediato, visando
não haver interferência no seu comportamento sexual e muito menos
ocasionando insatisfação no seu parceiro.
Este capítulo faz parte
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Francisco
de Assis D. Maél
Médico
& Escritor
E mail:
franciscomael@yahoo.com.br
Tel: (32) 991 666 495
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obras do autor:
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