Dedicada
Queria eu, aqui neste momento, pensar,
refletir e sentir o sabor amargo de tudo quanto foi maldade que fiz, de todo o
ódio que senti, do choro da criança que eu não brinquei.
Sentir o gosto do remorso que sentistes
quando abusei do amor que me é tão fiel. Dias depois, algo tocou na bomba
injetora de meu sangue, caminhou pelas minhas artérias, passou num soluço e
chegou como uma chuva de verão, tão rápido que senti algo queimar meu
subconsciente, pois minha consciência que há tempo não consultava, resolveu
acordar-me, a fim de que eu me redimisse antes que a matéria sofresse por uma
alma guilhotinada.
Uma vida eu espero seguir este conselho,
sempre hei de lembrar daquela que me suportou, daquele que não ajudei, daquele
que me fez sofrer.
Agora e, se Deus quiser, para sempre,
combaterei o medo, a maldade, a violência e os instintos animais que só o homem
não sabe usar. Quero instruir com vontade, com paciência para que tu sejas a
mais sábia. Direi ao mundo coisas belas, coisas sérias e também algo que te
faça sorrir.
Estás querendo me olhar, olhas e sorris. O
que estás a ver é apenas a figura que criastes, feita de muito amor, fidelidade
e principalmente muita confiança e amizade. A matéria “eu”, tu não vês.
Francisco de Assis D. Maél
Médico & Escritor
E mail: franciscomael@yahoo.com.br
Outras obras do autor:
Compra-se vida –
Ficção religiosa
Fragmentos de uma
vida – Autobiografia
Áxis a síndrome
sagrada – Ficção Científica
Missionários da saúde
em ação – Orientação à saúde
MANA-YAM e a árvore
de amigos - Infantil
Historinhas que
ninguém lê - Contos
O dia da minha morte
– Romance
Num piscar de olhos –
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Dívidas de gratidão –
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Senhor X – Romance
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