MULHER DE AMIGO MEU PRA MIM É HOMEM



MULHER DE AMIGO MEU 
PRA MIM É HOMEM

Romário era muito amigo de Tião. Desde criancinha já brincavam juntos. Depois de adultos, foi cada um para o seu lado, porém de vez em quando se encontravam para tomar umas cervejas.
Ambos estavam casados. Romário se casou com uma linda morena, meiga, doce, um amor de mulher e muito delicada. Já Tião, não deu a mesma sorte, se casou com Jacy, um misto de mulher e lobisomem. Ela era um pouco maior e mais forte que ele.
Os dois estavam supersatisfeitos com seus casamentos, as mulheres eram tudo de bom na cama, falavam eles.
Romário em um dia já meio chapado pela cerveja, falou que se pegasse a mulher dele com outro homem, mataria os dois na hora, não era homem de levar chifres.
Tião não era tão bravo como o amigo, mas disse que daria uma surra na mulher e a colocaria para fora de casa.
Certa noite os dois ficaram de ir a um jogo de futebol no Engenhão e não voltariam para casa, pois emendariam num pagode lá no Méier.
Após o jogo, Tião que estava de carro, deixou Romário no pagode e foi até sua casa, em Madureira, a fim de pegar sua carteira de sócio. Quando passava por uma rua, viu o carro de Romário sendo dirigido por sua mulher entrar num motel que havia ali por perto. Tião ficou estarrecido, tinha de contar para o seu amigo que ela o estava traindo. Foi em casa, pegou a carteira de sócio do clube e correu para o pagode para avisar ao amigo.
Romário estava com um “três oitão” na cintura e bufava quando falava com o amigo:
- Você tem certeza? Era ela mesma?
- Tenho certeza, era ela no seu carro.
Os dois partiram para o motel e chegando lá foram direto para a garagem para ver se era o carro dele mesmo.
- Não é que é mesmo o meu carro, disse Romário vermelho e com a arma na mão.
Ele apontou a arma para o recepcionista e pediu a chave do quarto onde estava sendo consumada a infidelidade conjugal. Ele queria ver bem de perto aquela vadia nos braços de outro.
Assim que abriu a porta do quarto, deram com a cena: dois pares de peito se amassavam e duas aranhas brigavam ferrenhamente.
Romário baixou a arma e caiu o queixo. Tião, quando entrou, arregalou os olhos e endureceu os punhos. O recepcionista alargou um sorriso e endureceu o... Bem, as mulheres dos dois amigos se amavam loucamente naquela cama de motel e nem perceberam as visitas intrometidas.


Francisco de Assis D. Maél
Médico & Escritor

Outras obras do autor:
Compra-se vida – Ficção religiosa
Fragmentos de uma vida – Autobiografia
Áxis a síndrome sagrada – Ficção Científica
Missionários da saúde em ação – Orientação à saúde
MANA-YAM e a árvore de amigos - Infantil
Historinhas que ninguém lê - Contos
O dia da minha morte – Romance
Num piscar de olhos – Romance
Dívidas de gratidão – Romance
Senhor X – Romance




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